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sábado, 6 de agosto de 2011


Outra vez, nós.


Eu não sei explicar direito, mas depois de todo esse tempo, percebi que te ver
 ainda deixa as minhas pernas bambas e meu coração freneticamente palpitante
Aí você vem de mansinho, com todo esse teu charme e esse teu jeito que me
 tira de chão e me faz suspirar, segura a minha mão e sussurra aquelas mágicas 
palavras nos meus ouvidosEu sinto a sua falta. Posso até ter silenciado, mas 
no brilho dos meus olhos estava escrito "Eu também sinto". E sinto mesmo, não 
sou capaz de negar. Você... Você que deixou a minha pele morna no inverno,
 que soprou frio em minha nuca no verão, que trouxe o brilho do sol para minhas
 noites e o aconchego escuro da noite para os meus dias. Com você tudo 
era diferente e depois que você foi embora, os dias não passavam de dias, 
as noites sempre escuras, o verão sempre quente e o inverno sempre frio. 
Tudo perdeu a graça, sabeE eu acabei por me habituar a viver assim, em 
meio ao comum. Eu te arrancava sorrisos, mesmo na dor... Eu te fazia chorar 
com as minhas palavras doces e apaixonadas, mesmo que tudo fosse só 
alegria. A cada semana um fragmento de você ia se esvaindo de mim, e mesmo
 que eu não quisesse, eu sabia que era preciso. A dor de te guardar completamente
 era in-su-por-t.á-vel. Porém, me enganei ao pensar que você tinha partido completamente. 
Mesmo sem as nossas antigas fotos, as lembranças aqui ficaram dentro de meu
 peito e de minha memória. Maldito orgulho que não me deixou te procurar, que não
 te deixou me procurar. O orgulho, o orgulho que foi superado pela linha do destino
 que num dia comum me fez esbarrar em você no meio da multidão, mais uma vez. 
Você lembraLembra do dia em que nos conhecemos, da conversa que tivemos? 
Dois loucos chorando na mesa de um bar, um contando sua história para o outro, 
afogando no fundo de um copo de whisky os nossos desamores. Lembra do primeiro
 beijo e da primeira flor que me deu? Do primeiro verso deShakespeare que citou?
 Facilmente você me conquistou. Um romântico, um boêmio, um louco, uma barba
 mal-feita. Nós éramos tão parecidos... Os mesmos medos, as mesmas inseguranças,
 o ciúme, as brigas, a dolorosíssima  despedida. Nós somos tão parecidos... Um abraço, 
um olhar, algumas palavras e 
a certeza de que juntos devemos novamente ficar, agora definitivamente, talvez, quem sabe,
 para sempre. Outra vez você, outra vez nós. Não quero mais cometer os mesmos erros, 
chorar pelas mesmas dores, calar pelos mesmos motivos ou ter medo de provar os seus
 tantos amores, sabores... Eu quero te dizer tudo aquilo que eu não disse, gritar sussurrando
 diariamente em seus ouvidos, que apesar do tempo e de tudo, sim, eu te amo muito.

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