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segunda-feira, 18 de julho de 2011

A companhia da solidão.

Caio a mil quilómetros por segundo, mas sei que não vou desistir. Sei que quando chegar ao chão, do qual ainda estou longe vou ter feridas, vou sangrar e provavelmente algo deixará de se mover, mas mesmo assim não vou desistir. Sei também que vou precisar que alguém esteja lá e me ajude a levantar, mas não, não vou encontrar nem uma marca de alguém presente. Apenas vou conseguir ouvir o som ensurdecedor do silêncio, a luz ofuscante da escuridão, sei que vou olhar para todos os lados e gritar pedindo auxílio, mas ninguém me socorre, ninguém se importa.
 Fugir não vou poder, pois as forças não dão para tal, gritar deixa de ser possível pois até a voz se cala e fica também contra mim. Vou desesperar! Desesperar e sentir-me perdida, mas não, nem isso me vai fazer desistir.
  Ninguém sabe do meu paradeiro, toda a gente se preocupa, mas ninguém procura, toda a gente desiste à primeira busca feita em vão(…) Não há ninguém, ninguém para me acudir, e sei que por muito tempo que possa esperar a situação se irá manter. Apenas eu permaneço no chão, apenas para mim existe aquele local, aquele chão duro onde esbateu meu corpo frágil.
  Mas sei também que para além daquele precipício, para além daquele beco, existe uma saída, existe vida e mundo “cá fora”. E é por isso mesmo que não desistirei, é por isso mesmo que paro de gritar pois ninguém me ouve, paro de chorar pois ninguém me limpa as lágrimas, paro de estender a mão pois ninguém me dá a sua, paro de me lamentar pois sei que sozinha vencerei… Se calhar sozinha não, se calhar resta-me usufruir o que tenho  e ir avante, unir forças e levantar-me e caminhar pé ante pé.
E é aí nesse momento que não me deparo sozinha… é aí nesse momento que faço da solidão a minha melhor companhia.

Hoje sei que consegui,
hoje tenho forças para seguir em frente,
 hoje sei que não te perdi,
pois nunca mas mesmo nunca tiveste presente.

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