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terça-feira, 19 de julho de 2011



17:30. Estava no aeroporto prestes a embarca no vôo das 17h45min rumo à Nova York. Essa seria a viagem da minha vida, e finalmente consolidaria minha independência, abandonando de vez a adolescência dramática que tive. Agora, eu cresci, e depois de semanas, meses e anos me preparando, seria o seu quase perfeito clímax.
Mordia meus lábios e andava agoniadamente de um lado para o outro, esperando chamarem meu vôo. Estava feliz, ah Omo estava! Mas mesmo assim, havia certo aperto em meu coração e uma angústia me atormentando levemente. Era como se as 17h45min parte de mim ficasse para trás e esperasse por alguém que sabia que não apareceria.
Abri minha bolsa e procurei por meu celular, não havia chamadas, nem mensagens. Tirei da minha agenda uma carta que não tive coragem de enviar. Reli.
Não havia mais “Davids”. Apenas Gabriel. O dono do sorriso mais cativante que já vi e de um brilho no olhar apaixonante. O carinha que tinha uma ‘pinta’ de metido que fez mudanças avassaladoras em minha vida.
Embarquei. Por um momento, no embalo do encanto de NYC esqueci o que não coube em minha mala, mas gostaria de ter levado entre minhas bagagens. Eu tinha uma programação na qual seguiria detalhadamente, aproveitando cada cafeteria do Brooklin, cada loja da Forever21, cada árvore do Central Park. Mas havia um lugar em especial, que seria o primeiro. Era a cobertura do Empire Hotel.
E lá estava eu, encantada com o pôr-do-sol e todas aquelas luzes se ascendendo da grande cidade. Um momento único que me fazia lembrar-se de juras de amor De Blair e Chuck de algum seriado que costumava assistir freneticamente. Naquele momento surgiu lembranças em uma retrospectiva de nossas promessas que estaríamos ali juntos, das noites sem dormir apenas conversando besteiras, de cada abraço que me aquecia no inverno. Meus olhos brilharam, mas de lágrimas que não pude conter. Precisava continuar. Quando me virei , a cena que estou prestes a contar definiu o que seria de mim daqui para frente. Realmente tudo pode acontecer em New York City.
E lá estava ele, Gabriel, abraçando seu próprio corpo, talvez pelo frio de inverno que fazia, apesar do Trench Coat masculino que vestia. Mas era em sua cara sínica e e pelo seu sorriso cativante que me lembrei o motivo de ter me apaixonado inúmeras vezes pelo mesmo ser. Aquela cena foi o suficiente para questionar minha sanidade e se estaria realmente acordada ou seria mais um de belos sonhos perdidos.
Era uma junção perfeita: GABRIEL+ NEW YORK.
E o que faltava para deixar mais perfeito do que já estava, foi ter ele, encolhido pelo frio, se aproximando de mim e sussurrando em meu ouvido: “Eu te amo Sophie”.

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