Dar é bom. Na hora. Durante um mês. Para as mais desavisadas, talvez por anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia. Dar é não ganhar. É não ganhar um "eu te amo"
baixinho, perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o
caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para
apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha,
amor?". Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito
mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão. Esse sim
relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra
nem perceber as catarradas na rua.
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