Companhia solitária

Debruçado no muro ele chorava. Sentindo o vento esparramando seus cabelos. Sentindo o gosto da angustia e sentindo o sabor da tristeza, vivendo a solidão.
Mas ele não estava só. Ele ainda não sabia, mas estava sendo observado pelo outro lado da janela. Havia alguém ali que ainda se importava. Esse alguém estava ali, para que pudesse fazer companhia mesmo que de longe.
Ele nem notou esta presença. Nem mesmo se sentiu acompanhado. Nem mesmo se ela dissesse, nem mesmo se o abraçasse.